Você sabe o que é e como evitar o bullying na escola?
O bullying na escola é caracterizado como a prática de atos agressivos contínuos, onde há a intenção do autor em ferir física ou moralmente a vítima. Geralmente, o bullying segue um padrão: são atos repetidos contra os mesmos alvos e com uma “plateia” que assiste às agressões.
O tema deve ter total atenção dos gestores, professores e pais, para que seja possível prevenir o bullying dentro e fora da escola.
Existem diversos projetos e campanhas do governo, como a Bullying #ÉdaMinhaConta, por exemplo, que visam conscientizar e proteger as vítimas dessas ações — normalmente, crianças e adolescentes.
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A seguir, vamos falar sobre os tipos de bullying na escola, quem são as vítimas e os agressores e o que os pais e a escola podem fazer para evitar esse problema.
Entenda quais ações caracterizam o bullying na escola
Em geral, o bullying acontece da seguinte forma: o agressor — normalmente alguém popular, “líder” de pequenos grupos — escolhe alvos frágeis. A partir disso, pratica atos de agressão verbal ou física de forma contínua. Não só isso, como também é comum que essas ações tenham expectadores, que são colegas ou conhecidos do agressor e, muitas vezes, não denunciam esses atos por medo de se tornarem os próximos a sofrerem bullying.
Em 2016, a Lei Antibullying entrou em vigor. Ela caracteriza os tipos de agressões que podem ser considerados bullying e suas sanções legais.
Alguns exemplos de ações consideradas bullying são:
- Ameaçar a vítima;
- Fazer grafites depreciativos sobre determinada pessoa;
- Promover o isolamento social do indivíduo;
- Perseguir, amedrontar e chantagear o alvo.
Por isso, é extremamente importante que todos os envolvidos tenham consciência de que o bullying é um problema muito sério. E, ao contrário do que muitos pensam, essas ações também acontecem no ambiente virtual. É o que chamamos de cyberbullying.
Independente do meio em que acontece, é uma prática que traz consequências graves que, muitas vezes, a vítima carrega por toda a sua vida.
O que é e como identificar o cyberbullying?
Com o avanço da internet e a popularização das redes sociais, uma nova modalidade de ataques surgiu: o cyberbullying, que são xingamentos e humilhações no ambiente virtual.
No cyberbullying, é ainda mais difícil encontrar os agressores. Muitas vezes, eles se escondem atrás de perfis falsos para atacarem suas vítimas com mais facilidade e crueldade, já que acreditam que não vão ser descobertos.
O cyberbullying é ainda mais agressivo para a vítima, que se vê exposta a muito mais pessoas. Além disso, há o medo de a agressão atingir proporções ainda maiores.
Existem várias formas de ataques virtuais, por exemplo:
- Postagens ofensivas em redes sociais;
- Propagação de calúnias;
- E-mails;
- Mensagens ou ligações por celulares;
- Compartilhamentos de fotos constrangendo a vítima.
Como saber quem são as vítimas da ação?
As vítimas mais comuns são os alunos “diferentes”, seja pela cor do cabelo ou da pele, deficiências, formas de se vestir, peso ou sotaque. Assim como as pessoas com dificuldade de se defender, que mostram medo e choram, por exemplo, e quem é pouco sociável.
A escola deve prestar atenção nos estudantes que tenham essas características, a fim de perceber se eles sofrem algum tipo de agressão.
Existem alguns sinais que podem indicar se um estudante é vítima de bullying. Entre eles, estão:
- A criança não querer ir às aulas ou pedir para trocar de escola;
- Voltar para casa com roupas ou livros rasgados;
- Apresentar baixo rendimento escolar e isolamento.
Os sintomas que a vítima de bullying pode apresentar são: depressão, agressividade, baixa autoestima, ansiedade, medo, entre outros. E, ao perceber qualquer um desses sinais, os pais devem conversar com a criança para descobrir o que está acontecendo e procurar pela ajuda da escola. Além disso, é importante que a vítima tenha um acompanhamento psicológico. Afinal, é isso que vai ajudá-la a trabalhar sua autoestima e fazer com que ela aprenda a lidar melhor com as suas emoções.
Como reconhecer os agressores?
As pessoas que praticam o bullying, além de serem populares, têm perfis agressivos — tanto com os professores quanto com os pais e com os próprios amigos. Além disso, geralmente, são alunos que não aceitam ser contrariados.
Os pais devem sempre observar a conduta de seus filhos e, se perceberem qualquer sinal de agressividade, precisam procurar por ajuda. É necessário descobrir porque a criança ou o adolescente tem um perfil violento e tratá-lo quanto antes, por exemplo.
Quem aplaude e incentiva essas ações também é considerado corresponsável pelo ataque. Portanto, se a pessoa está presente no momento da agressão e não faz nada para evitar, também pode ser penalizada.
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Saiba como evitar o bullying na escola
Para evitar essas práticas na instituição, os gestores escolares podem seguir algumas dicas essenciais, por exemplo:
- Mobilizar a comunidade escolar para uma campanha permanente de respeito às diferenças;
- Implantar regras contra o bullying;
- Ouvir sugestões e reclamações dos alunos sobre o assunto;
- Estimular os alunos a denunciarem os casos;
- Interferir diretamente nos grupos, prevenindo que o bullying aconteça;
- Exibir filmes sobre o tema.
A escola deve promover debates sobre bullying e cyberbullying com o propósito de conscientizar os alunos sobre o assunto, bem como instruir sobre como agir caso essa situação aconteça. Além disso, é importante dar detalhes sobre como ele acontece e como suas consequências são nocivas para a vítima.
O ideal é que a instituição promova campanhas e discussões constantemente.
O que deve ser feito nos casos de bullying?
Quando identificamos um caso de bullying, a escola deve agir imediatamente e de forma delicada. O primeiro passo é recuperar valores como o respeito entre os alunos. Para isso, é essencial intensificar as campanhas antibullying.
Além disso, a escola não pode legitimar as ações do autor das agressões. Por outro lado, também não pode humilhá-lo ou puni-lo com medidas que não estejam relacionadas ao mal causado.
Já a vítima do bullying precisa reestabelecer a sua autoestima. Ela precisa sentir que está em um lugar seguro para falar sobre o que aconteceu.
Não se esqueça de também conversar com os alunos que assistem às ações depreciativas, pois eles fazem parte disso. É importante conscientizá-los sobre a gravidade de situações como essa.
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Portanto, tanto o autor das agressões quanto a vítima precisam de acompanhamento e apoio psicológico. Cabe à escola conversar com os pais e alunos sobre o bullying, deixando claro as medidas tomadas em situações assim e criando campanhas de conscientização recorrentes.
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