A Educação Inclusiva chegou para ficar! Veio para substituir, sem cerimônia, a escola tradicional, em que todos os alunos tinham que estar adaptados ao método pedagógico tradicional e eram avaliados sob o mesmo ângulo. Isso não existe mais.
Aqueles que não se “enquadram” à turma já não vão para a classe especial ou para a escola especial. Esses são vistos de uma nova forma. Hoje a deficiência de uma criança é considerada uma das muitas características que os alunos podem ter, totalmente despida de rótulos.
Educação inclusiva nas escolas
Praticar a Educação Inclusiva vai muito além de matricular uma criança com necessidades especiais em uma escola. Há todo um grande trabalho conjunto por trás disso e envolve também a família do aluno e a comunidade onde está inserido. E é importante ressaltar: toda equipe da unidade escolar deve estar bastante comprometida.
O ponto central desse processo é uma realidade que não pode ser ignorada: a preparação dos professores.
A formação dos docentes é algo que merece total atenção quando se aborda o assunto inclusão. Da mesma forma, muitos profissionais se mostram muito inseguros diante da possibilidade de receber uma criança com necessidades especiais em sua sala de aula. Acima de tudo, culpam, assim, a falta de conhecimento e a pouca habilidade com o tema.
No entanto, o que falta, normalmente, é confiança necessária para lidar com suas próprias limitações. Então, como resolver essa questão?
Os primeiros passos na Educação Inclusiva
Os professores devem estar bastante dispostos a desenvolver as competências que o aluno portador de necessidades especiais demonstra, e não somente focar naquilo que é difícil para ele. Para começar, os docentes devem estar totalmente preparados para receber o aluno e integrá-lo ao cotidiano escolar. Então, o pontapé inicial para esse caminho de aprendizagem é conhecer bem a criança.
Uma boa conversa com os pais ou responsáveis vai deixar o professor por dentro da história do aluno: onde nasceu, como é a sua composição familiar, de que forma se dá o seu desenvolvimento físico e mental, como foi o processo de escolarização anterior.
Perguntas sobre a necessidade e sobre outras tentativas de inclusão da criança em seu meio social são bastante relevantes. Além disso, o profissional deve, ainda, procurar identificar as expectativas da família em relação ao aproveitamento escolar e apresentar o que a escola pode oferecer àquele aluno.
Entenda, professor, que o envolvimento dos pais é de extrema importância no processo de inclusão. E, para que isso aconteça, você deve manter um estreito canal com toda a família, estimulando vários tipos de participação, seja em reuniões ou nas tarefas de casa.
Educação continuada
Os cursos de capacitação oferecidos no Brasil, na maioria das vezes, não se mostram suficientes pois o treinamento do profissional deve ser permanente. Todos os dias, ao chegar na escola, o professor é desafiado a buscar soluções para as dificuldades que seus alunos apresentam. Além disso, os programas devem ultrapassar o aspecto informativo sobre as deficiências e fomentar uma discussão acerca do dia a dia dentro da sala de aula.
Mas o professor não pode estar sozinho. Como já pontuamos, é extremamente importante que as escolas promovam algumas reuniões semanais, para que os docentes que possuem crianças com deficiência em suas classes possam sanar dúvidas e encontrar as soluções que precisam.
Com uma entrega total é possível fazer da inclusão um benefício para os portadores de necessidades especiais e para todos que convivem ao seu redor.
Sua escola já adotou alguma prática bacana para o treinamento dos professores que trabalham com alunos portadores de alguma necessidade especial? Compartilhe as suas experiências conosco!